Marés

Se debaixo do meu olhar fundo,
do meu mar revolto
Tu vires elevarem-se exércitos, lanças e espadas
Escudos. Para ti.
E, uma linda chuva de sangue

Se tu, ao menos, fosses capaz de ver...
Assim, entenderias o fervor que me suprime os gritos mais agudos
Porque sao ardores que a minha voz nao pode aguentar
E quero preservar
necessito controlar-me
Pois, nao estou a explodir mas a implodir!

A minha boca sabe a amargura, sabe a desilusao feia

E juro-te, amor, sem seres testemunha, que vai voltar a saber a doce
sem ser pelo mel dos teus lábios...

Se tu visses como eu vejo serias infeliz, meu amor
Se ao menos eu permitisse que tu entrasses no meu mundo
Se eu nao te protegesse tanto...
nao importa, meu querido
que eu nao seja capaz de encontrar uma palavra que sintetize
tantos combates, tantas cicatrizes, tantas vitórias

Demasiado amor, ardor
E, tanta paixao impetuosa
Tremendas correntes de sentimento!

Fosse cada lágrima minha uma carta
Entao, tu serias o amante de um conto de fadas assim que as abrisses

Contudo, os golpes sao meus...
Eu sei,
A realidade é imperatriz!

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